
O objetivo do novo colegiado é debater, discutir, propor projetos, incentivar as ações e principalmente defender o crescimento do parque cafeeiro do estado, garantindo as boas práticas, a inovação e o suporte político necessário para proteger o emprego de quase 30% da mão de obra economicamente ativa do Espírito Santo.

“Existem suspeitas de que essa Operação – que tinha um objetivo justo de combater fraudes tributárias mas levou junto empresas quase centenárias e tradicionais do Estado com denúncias que os empresários garantem ser infundadas e das quais se queixam de não poderem se defender – tenha sido motivada por interesses econômicos de estados politicamente mais fortes, como Minas e São Paulo, maiores concorrentes do setor cafeeiro capixaba”, alertou Enivaldo.
O parlamentar lembra que o término do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) foi uma trama entre políticos e empresários para beneficiar outros estados. “Assim como se juntaram para acabar com o Fundap, pagando propina no Senado Federal para aprovar uma lei que extinguiu o fundo que alavancou a economia capixaba, não custa acreditar, como se suspeita, que estejam se juntando para acabar com o negócio do café no Estado”, reforça.
Além do autor, mais 20 deputados assinaram o pedido de formação da frente: Eliana Dadalto (PTC), Pastor Marcos Mansur (PSDB), Sérgio Majeski (PSDB), José Esmeraldo (PMDB), Bruno Lamas (PSB), Jamir Malini (PP), Nunes (PT), Da Vitória (PDT), Luzia Toledo (PMDB), Dary Pagung (PRP), Freitas (PSB), Padre Honório (PT), Amaro Neto (SD), Rodrigo Coelho (PDT), Esmael de Almeida (PMDB), Hudson Leal (Podemos), Marcelo Santos (PMDB), Janete de Sá (PMN) e Raquel Lessa (SD) e Euclério Sampaio (PDT).
Café no ES
A justificativa do requerimento que deu origem à frente ressalta que o Espírito Santo é hoje o segundo maior produtor de café do País, com aproximadamente 25% da produção nacional, atrás apenas de Minas Gerais. O Estado produz entre 8,5 milhões e 9,5 milhões de sacas por ano e, das mais de 80 mil propriedades rurais capixabas, quase 70% estão ligadas ao cultivo do café.
O estado destaca-se, principalmente, na produção do tipo conilon, sendo o maior produtor brasileiro. Ele é plantado em regiões mais quentes, com destaque para os municípios de Sooretama, Jaguaré, São Gabriel da Palha e Vila Valério, todos no norte. Já o arábica concentra-se nas regiões das montanhas capixabas e do Caparaó.
Dados do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf) apontam que a cadeia produtiva do café gere pelo menos 350 mil empregos em terras capixabas. Além disso, que enquanto a maior parte da produção do arábica seja voltada para exportação, 90% do conilon é destinado ao mercado interno, em especial à indústria de café solúvel.
Fonte: Site Ales