Bateu a casa dos R$ 2 milhões o saldo de arrecadação do comitê financeiro do PMDB, presidido pelo deputado federal Lelo Coimbra no Espírito Santo, segundo a prestação final de contas da campanha apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PSDB do candidato derrotado ao governo Luiz Paulo Vellozo Lucas ocupa a segunda posição no ranking dos maiores valores obtidos, com R$ 1,5 milhão.
No total, chega a R$ 6,1 milhões o montante conquistado por 17 dos 27 comitês de partidos no Estado que têm os dados disponíveis no site do TSE. Boa parte das fontes doadoras são construtoras e empresas de engenharia e fertilizantes, além de diretórios partidários. O PDT do prefeito da Serra, Sergio Vidigal, aparece como terceiro em volume angariado, com R$ 850 mil. Logo após, desponta o DEM do vereador de Vitória Max da Mata, que obteve R$ 723 mil.
O detalhamento das fontes doadoras da campanha aos comitês, partidos e candidatos foi disponibilizado este mês no site do TSE. A partir de agora, a Justiça Eleitoral começa a julgar as contas dos candidatos, e a reprovação pode impedir a diplomação. A Corte Eleitoral também julgará as contas dos partidos.
As principais siglas políticas do Estado não podem reclamar de caixa vazio nem da “generosidade” de empresas. Quase a totalidade dos R$ 1,5 milhão do PSDB vieram da Ultrafertil S/A, que financiou com R$ 1,2 milhão o comitê tucano. Já o PMDB teve nos R$ 710 mil injetados pela Construções e Comércio Camargo Correa S/A seu maior volume de captação. A Ultrasertil S/A contribuiu com R$ 230 mil no comitê pedetista.
DetalhamentoA movimentação financeira do PSB do governador eleito Renato Casagrande, no entanto, não aparece no site do TSE. O mesmo problema ocorre com o PSOL da ex-deputada estadual Brice Bragato, o PRTB e o PSC.
No levantamento, doações financeiras a outros candidatos ou comitês financeiros, pagamentos de serviços terceirizados, publicidade e despesas com pessoal são grande parte do destino declarado dos R$ 6,1 milhões desses 17 partidos.
A lista continua com o PPS do deputado estadual eleito Luciano Rezende. As doações à sigla alcançam R$ 240 mil, montante próximo do valor obtido pelo PR do senador Magno Malta, legenda beneficiada com R$ 226 mil em contribuições. Em seguida, aparece o PTB do deputado estadual eleito José Carlos Elias. O partido arrecadou R$ 105 mil, quantia próxima à do PV, que contabilizou R$ 103 mil.
Para o PT estadual, sigla mais robusta, as doações não ultrapassaram R$ 100 mil. Em seguida, surge o PSL do ex-deputado estadual José Carlos Gratz, que recebeu R$ 52 mil. O PCdoB conseguiu R$ 51,1 mil, total superior aos R$ 28,9 mil do PP do ex-deputado Nilton Baiano. Sigla de menor expressão, o PHS somou R$ 22,9 mil, pouco mais de que o PTC, que angariou R$ 20 mil. Já o comitê do PSDC do ex-deputado Gilson Gomes captou R$ 18,9 mil. As siglas que menos tiveram dinheiro para investir na eleição foram os pequenos PTdoB, com R$ 16,2 mil, e PRB, que declarou R$ 9,4 mil doados.
A gazeta