Enquanto aguarda decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre pedido de Habeas Corpus, o prefeito de Conceição da Barra, Jorge Donati (PSDB), continua preso no quartel da Polícia Militar, em Maruípe. Ele é acusado de mandar executar o sindicalista Edson Barcelos, crime que aconteceu há dois anos.
O tucano estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Viana, mas foi transferido para uma cela especial do quartel da PM na semana passada. A transferência foi determinada pelo desembargador Sérgio Bizzotto.
Donatti, terá direito a receber visita de seu advogado todos dias, entre 08 e 18 horas. Poderá receber visita de seus familiares nas quartas-feiras e aos domingos. A assessoria de imprensa da Polícia Militar não divulgou se ele já recebeu visitas nos últimos dias.
O caso
Edson da Silva Barcellos, secretário do Sindicato dos Servidores Municipais de Conceição da Barra (Sindisbarra) foi assassinado com um tiro na testa. O corpo do sindicalista só foi encontrado no dia seguinte, em uma plantação de eucaliptos.
O ex presidente do DEM no município estava com os pés, as mãos e a boca amarrados com uma fita adesiva e os olhos vedados com o mesmo material. A vítima foi rendida quando tirava o carro da garagem.
Outro crime
Além de ser acusado de executar o sindicalista, o prefeito de Conceição da Barra também já esteve preso ao ser suspeito de participar da morte da mulher, a dona-de-casa Cláudia Soneghete, e a arrumadeira Mauricéia Donato. O crime aconteceu na residência do casal, na Ilha do Frade, em 2003.