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Ex-governador Elcio Alvares morre aos 84 anos

9 de dezembro de 2016
in Destaques, Política, Slides
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O Espírito Santo perdeu, nesta sexta-feira (9) às 13 horas, um importante nome da política. Elcio Alvares, 84 anos, foi governador, deputado federal, deputado estadual por dois mandatos, senador, ministro da Indústria e ministro da Defesa. Com quase 50 anos dedicados à política, Elcio acompanhou e participou de momentos importantes do país e do Espírito Santo, como a implantação do Plano Real e a construção da Terceira Ponte.

Elcio Alvares estava internado há três meses e dez dias no Centro Integrado de Atenção à Saúde (Cias) da Unimed em Vitória. O político tinha problemas cardíacos e complicações nos rins. Durante um processo de hemodiálise ele sofreu uma parada cardíaca e entrou em coma induzido. Cerca de 15 dias depois a sedação foi retirada, mas Elcio não reagiu mais.

O Presidente da Assembleia Legislativa (Ales), Theodorico Ferraço (DEM), declarou luto oficial de cinco dias pelos relevantes serviços prestados ao País e lamentou a morte do amigo.

“Estamos de luto pela perda irreparável de um homem com o histórico de Elcio, não só como ministro, governador, deputado e presidente da Assembleia, mas também como um dos maiores homens públicos do Espírito Santo. Destaco na sua trajetória política a importância da construção da Terceira Ponte, um marco para o Estado”, afirmou Ferraço.

O velório será realizado no plenário Dirceu Cardoso da Ales, a partir das 8 horas deste sábado (10). Já o enterro será no Cemitério Jardim da Paz, bairro de Laranjeiras, Serra, às 16 horas.

História

Natural de Ubá, em Minas Gerais, Elcio veio para o Espírito Santo ainda menino com a família. O impulso político aconteceu na escola, quando se envolveu com o grêmio estudantil no Colégio Americano. A vocação foi confirmada com atuação no diretório acadêmico da Faculdade de Direito e também na União Estadual dos Estudantes (UEE), que ajudou a criar e presidiu.

Formado em Direito, Elcio se dedicou à advocacia e se candidatou, em 1966, a deputado federal. Ele foi o primeiro suplente do partido Arena e chegou a assumir o cargo apenas por alguns dias, já se preparando para assumir um lugar definitivo na Câmara dos Deputados em 1971. Na Câmara, Elcio integrou a Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais importantes da Casa.

Em 1975, Elcio Alvares assumiu o Executivo Estadual, indicado pelo presidente Enersto Geisel. Na época, Ditadura Militar, não havia eleição para governador. Uma das mais importantes realizações foi o início da construção da Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha. Outro destaque foi a implantação da TV Educativa. Ele cumpriu mandato até 1979, quando retornou à advocacia.

Em 1991, disputou o Senado e foi presidente, em 1992, da comissão que estudou o impeachment do então presidente Fernando Collor.  Em 1994, licenciado do Senado, Elcio foi nomeado Ministro da Indústria, Comércio e Turismo, na gestão do presidente Itamar Franco, e participou da montagem e criação do Plano Real. Ele voltou ao Senado em 1995 e em 1998 foi convidado, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, para coordenar o Ministério da Defesa. A criação dessa nova pasta foi a junção de quatro ministérios militares (Exército, Marinha, Aeronáutica e Estado Maior das Forças Armadas). Pela primeira vez, os militares foram comandados por um civil.

Após esse trabalho à frente de ministérios da República, Elcio voltou para o Espírito Santo e se dedicou à advocacia. Em 2007 retornou à política como deputado estadual pelo partido Democratas (DEM). Foi líder do governo Paulo Hartung na Ales e, em 2009, assumiu a presidência da Casa. Reeleito em 2010, Elcio assumiu a presidência da Comissão de Justiça.

Em 2014, o então deputado estadual anunciou, no plenário da Ales, que não pretendia mais disputar outra eleição, mas garantiu na época que iria permanecer na vida pública. E ele assumiu, em fevereiro de 2015, a convite do governador Paulo Hartung, a diretoria da Banestes Seguro.

O último mandado de Elcio Alvares na Ales foi marcado por intensa atuação como presidente da Comissão de Justiça e pela discrição na relação com a imprensa. Em 2012, Elcio participou do programa “Um Dedo de Prosa”, da TV Ales, e falou, muito à vontade, sobre seu livro “Memórias do meu tempo”. A obra conta detalhes sobre sua vida política. Confira trechos da entrevista:

Infância

“Tive uma infância pobre. Minha família saiu de Ubá e veio para Vitória em busca de uma vida melhor. Minha mãe foi dona de uma pensão, eu carreguei muita marmita para ajudá-la, e meu pai era mecânico. Então, nossa vida inicial foi pobre, disputada em termos de sobrevivência, mas meus pais foram heróis”.

Impulso político

“No Colégio Americano, nas eleições de grêmio estudantil, eu tive o meu primeiro impulso político. Mais adiante, eu atuei no diretório acadêmico da Faculdade de Direito e depois na União Estadual dos Estudantes”.

Exemplo

“Eu me encantei com o governo de Jones Santos Neves. Ele dizia que o Espírito Santo não podia ficar dependendo das hastes frágeis dos cafezais. Tivemos então um impulso de industrialização. Ele, pela honestidade e amor, foi um grande exemplo pra mim”.

Deputado federal (1971-1974)

“A primeira candidatura, para deputado federal, foi uma decisão pessoal. Eu não me elegi. Fiquei na suplência e só assumi no final do mandato, quando o então deputado Raimundo Andrade suicidou-se. Então eu assumi por apenas 15 dias. Mas foi uma experiência muito rica, eu aprendi muito. Isso permitiu, no segundo mandado, eu ser o deputado mais votado do Espírito Santo e o quarto mais votado do Brasil. Foi muito honroso para mim, mesmo com divergências ideológicas, ser escolhido em 1972, pelos jornalistas, para estar entre os dez melhores deputados federais”.

Governador do Espírito Santo (1975-1979)

“Montar um governo não é fácil. Encontrei dificuldades para montar o governo, então eu montei uma pequena equipe. Foram muitos desafios: o Estado tinha uma dívida imensa, considerada uma das piores situações financeiras do Brasil, só perdia, na época, para o Piauí. Eu estava diante de um problema para ser resolvido. Eu fui a Brasília, conversei com o presidente, com ministros da área econômica e disse que o Espírito Santo tinha cerca de 7 bilhões de dólares para dar ao país. E ao término do mandato, entregamos o funcionalismo em dia e as finanças saneadas”.

Terceira Ponte

“Quando eu assumi como governador, eu determinei que faria a Terceira Ponte, ligando Vitória a Vila Velha. Nós só tínhamos a Segunda Ponte e demorava duas horas para atravessar. Então, nós começamos a viabilizar a Terceira Ponte. Eu lembro que fiz um voo de helicóptero na região com o presidente Ernesto Geisel e eu mostrei o que ia acontecer. Uma semana depois, ele me chamou em Brasília. E então ele me deu a primeira autorização, mais de R$ 30 milhões, para começar a obra. A Terceira Ponte com certeza foi um ícone na minha gestão”.

Senador (1991-1999)

“No Senado, eu fui líder do governo Fernando Henrique e também assumi dois ministérios. Então eu fui ministro da Defesa e ajudei a criar o Ministério da Defesa, atuando também como ministro”.

Plano Real

“Eu apoiei o Plano Real. Resolvia o problema da inflação e ajudava a economia brasileira. Nós ficamos dois dias discutindo o plano real, que teve 14 versões, até chegar na versão final. E depois de uma discussão muito acalorada, o presidente Fernando Henrique anunciou o Plano Real. A minha assinatura, modestamente, consta entre os ministros que apoiaram o Plano Real”.

Deputado Estadual

“Eu saí do Ministério da Defesa e voltei para o Estado. Muitos amigos meus me incentivaram à candidatura de deputado estadual. Isso porque, com a experiência na Câmara, eu poderia acrescentar muito à política ainda. Então fui líder do governo, também fui presidente da Assembleia Legislativa, quando fizemos uma importante reforma administrativa. O servidor passou a ser valorizado por mérito, a Ales ocupou o lugar da casa legislativa mais econômica e nós consolidamos essa nova imagem”.

Espírito Santo

“Sou capixaba de coração. O Espírito Santo foi um berço, me acolheu com muito carinho. E enquanto eu tiver vida, enquanto eu tiver atividade, eu quero servir ao meu Estado. Eu devo lealdade total ao Espírito Santo”.

Gabriela Zorzal/Web Ales

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