Diante das manifestações contrárias de aliados ao governo quanto à possível filiação do ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PTB) no PSB – partido do governador Renato Casagrande – o deputado Estáquio de Freitas (PSB) saiu em defesa da movimentação da sigla.
“Governo é governo e partido é partido. O PSB não pode deixar de exercer a sua função partidária”, avaliou ele, em conversa com Lúcia Dornellas (PT) e na contramão do pensamento dos colegas, que têm manifestado insatisfação com a possível troca partidária.
“Disseram que esse movimento é descabido. Essa discussão é que é descabida. O PSB não tem que discutir com outros partidos questões internas, como a filiação do Max”, afirmou.
Desde o início das conversas e o anúncio do próprio Max de que iria para o grupo socialista, o tema tem incomodado alguns parlamentares. Os Max são adversários do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e a ida para o PSB atinge a base governista.
O ex-prefeito é crítico da gestão do aliado do Palácio Anchieta e atual prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga (PR), que já ameaçou retirar os deputados da base. Os cinco deputados DEM, além dos quatro petistas, também se incomodam com a troca de partido.
Na sessão de ontem, o deputado Luciano Rezende (PPS) foi à tribuna externar críticas à articulação. Lembrou a fala do jornalista Granja e disse que “não é hora de juntar com as mãos e separar com os pés”.
“O partido do governo tem que dar exemplo de respeito aos aliados”, afirmou ele defendendo ainda a união de forças. “Dizer que não há envolvimento aqui ou ali em decisão de partido não é a forma de resolver a questão. Precisamos de união”.
Também durante a sessão, o pré-candidato em Vila Velha Hércules Silveira (PMDB) garantiu que a bancada do PMDB não está preocupada. “Não estamos preocupados com quem vai e para onde vai. Não precisamos de pessoas para Vila Velha, precisamos sim de um projeto”.
Fonte: A Gazeta