A fruticultura do Espírito Santo tem se destacado nos últimos anos, principalmente, devido à criação de polos, onde existe a otimização dos recursos em arranjos, ou seja, todo o processo de produção e logística para aquela fruta – compra do mercado local, industrial e artesanal. A criação dos pólos fruticultores favoreceu a economia do Estado, estimulou a participação dos produtores participantes e deu visibilidade à produção no Espírito Santo em nível internacional.
Para o gerente estadual do programa de fruticultura, Dalmo Nogueira da Silva, “o Estado trabalha para desenvolver todos os polos existentes. Eles aumentaram a produção com a mesma área e os elos da cadeia produtiva estão completos. O Espírito Santo produz para o mercado interno e mais de 50% das frutas comercializadas no País estão na Região Sudeste”, afirmou. Segundo Dalmo, para manter a boa saúde, há a necessidade de se consumir frutas e, com isso, a economia capixaba vai ganhando mercado. Acompanhem a entrevista em que o gerente estadual de fruticultura mostra a potência desse setor para a economia local e nacional.
– Como surgiu a ideia dos polos frutíferos e qual a importância da fruticultura para a economia do Espírito Santo?
O Ministério da Agricultura tem vários polos pelo Brasil – maçã, uva, cacau, morango, manga – e com base nessa premissa, o Espírito Santo criou esses polos estaduais para desenvolver sua fruticultura de maneira mais focada. A ideia foi criada com arranjos frutíferos que ocorrem no Estado em uma região propícia para aquela determinada fruta, com características daquela região – clima, solo, compra local e industrial, interesse dos produtores em aderir ao projeto, além do artesanato.
O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Novo Pedeag) identificou as necessidades para a organização dos polos já que a fruticultura permite uma diversificação agrícola, e o Estado possui uma tradição cafeeira, que gera renda anual. Com a diversidade frutífera, há geração de emprego, melhoria da qualidade de vida e fixação do homem no campo.
– Em quais aspectos a criação desses polos facilitou o desenvolvimento da fruticultura?
A fruticultura avançou de 700 mil toneladas para 1,3 milhão por ano, ao longo dos últimos 10 anos, sendo que um dos fatores preponderantes foi a melhoria do nível técnico. Essa tecnologia empregada proporcionou que as indústrias produzam in natura, polpa e sucos. Atualmente são 12 polos em todo o Estado e cada um conta com seu próprio arranjo.
– Há alguma parceria entre o Governo e outros órgãos privados?
Para que esse arranjo funcione é fundamental uma parceria, e temos parceiros importantes na composição desses polos. Além dos produtores, temos a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Espírito Santo (Fetaes), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa) e Sucos Mais.
Essas parcerias são importantes, pois trazem os representantes de cada entidade para dentro dos comitês, fomentando uma discussão sobre vários aspectos em busca de soluções. Como gerente, cabe a mim fazer essas engrenagens funcionarem.
– Quais as metas para os próximos anos?
A prioridade é consolidar os polos já existentes, buscar novos mercados, tecnologia e a criação de novos polos ao longo do ano, sempre com base na organização dos produtos, logística de transporte, comercialização e indústrias de produção.
Com a dinamização da acerola no Sul do Estado, por exemplo, houve parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ampliando a inserção de sucos na alimentação escolar, tornando a qualidade de vida dos estudantes mais saudável.
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Texto: Reuber Diirr