Nesta quinta-feira (17), mais de 100 estudantes da Escola Municipal Francisco José Mattedi, em São Gabriel da Palha, participaram de ação de educação ambiental realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf). Técnicos do Instituto ministraram palestra sobre os principais cuidados necessários com a raiva, envolvendo alunos de 1ª a 8ª série do ensino fundamental, na faixa etária entre 6 e 15 anos.
De acordo com a médica veterinária do Idaf, Talita de Carvalho Fonseca, essa foi uma oportunidade para se aproximar das crianças, levando a mensagem de alerta, mas de forma pedagógica. “Os alunos mais novos fizeram um trabalho de desenho expressando o que captaram do tema e os demais mostraram o que aprenderam com redações. Essa é a maneira que encontramos de fazer chegar às crianças e adolescentes orientações importantes sobre a raiva, uma doença grave, de evolução fatal, que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos”, explica a veterinária.
Segundo a também médica veterinária do Idaf, Stella Cintie Silva, o trabalho vai ao encontro de uma demanda da escola, já que recentemente foi realizado diagnóstico positivo para a raiva em um animal da região. “É importante que as crianças tenham noção dos cuidados necessários em caso de animais suspeitos e que possam associar a incidência de morcegos com a ocorrência das doenças”, alerta Stella.
Raiva
O Idaf alerta que é importante estar atento aos sintomas, como mudança de comportamento, salivação excessiva, andar cambaleante, queda devido à paralisia de membros e dificuldade de deglutir alimentos e ingerir líquidos. Em caso de suspeita da doença nos herbívoros – animais que se alimentam de vegetais como bois, cavalos e ovelhas – o produtor deve entrar em contato com o escritório do Idaf. Se a doença se manifestar nos animais de estimação, tais quais cães e gatos, é o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município que deve ser acionado.
Controle de morcegos
Uma das principais atividades do Idaf no combate à raiva é o controle populacional dos morcegos hematófagos. Esse trabalho é feito com a instalação de redes em lugares como grutas e currais. Após a captura, com equipamentos apropriados para a atividade, é aplicada no dorso dos hematófagos uma pasta com efeito hemorrágico, chamada vampiricida. Como os morcegos têm o hábito de lamberem-se mutuamente, um animal tratado com a pasta provoca a morte de aproximadamente 20 outros membros da colônia, realizando o controle populacional e reduzindo o risco de disseminação da doença.