Uma família unida pela dor da perda do xodó, o entregador Anderson Cosmo Dadalto, 23 anos, vítima de um acidente na Rodovia do Sol, na manhã de sábado (24), em Guarapari, enterrou neste domingo (25) o corpo do rapaz, no cemitério Parque da Paz, em Cariacica.
O jovem de sorriso largo e muito brincalhão era um dos ocupantes do Corolla, placas MSO 5309, guiado pelo atravessador da Ceasa, Rafael Chaffilla, que saiu da pista e capotou em um barranco. Também estavam de carona no veículo Débora de Paula Ferreira e Tatiana Cristina da Silva, que tiveram ferimentos leves.
O acidente aconteceu no retorno para a Grande Vitória. Testemunhas disseram que Rafael esteve em pelo menos dois bares e ingeriu bebidas alcóolicas. Amigos e parentes de Anderson contaram que ele e Rafael estavam em um bar no bairro Vila Independência, onde moravam. “Meu irmão disse que voltaria cedo. Porém, ele não voltou até as 3h, quando minha mãe ligou para ele, que disse estar em outro bar em Campo Grande”, contou a irmã do entregador, Silvana Cosmo Dadalto, 31 anos.
A partir daí, a próxima ligação da mãe foi às 6h25. “Ele atendeu o telefone e disse que estava na Praia do Morro, em Guarapari. O Rafael tomou o celular dele e disse que só entregaria meu irmão às 17 horas em casa. Esse foi o horário que o caixão com o corpo do Anderson chegou para ser velado”, lembrou a irmã. Durante o velório, a mãe do jovem, a dona de casa Creuza Cosmo Dadalto, 52 anos, abraçava o corpo do filho morto no acidente e perguntava às outras pessoas que a acompanhava: “Como vou ficar sem ele?”.
Na busca de um pouco de conforto para a indignação, a irmã de Anderson faz um alerta. “Queria que esse rapaz soubesse o que provocou na nossa vida. Nunca vi um motorista bêbado bater e morrer. Sempre é alguém que está no carona. Quem ingere bebida alcóolica tem que sair a pé”, pede Silvana.
Motorista continua internado
Rafael se machucou no acidente e continua internado no Hospital São Lucas, em Vitória. O condutor foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio culposo e por lesão corporal culposa, pelo delegado Marcus Luiz Nery, do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Guarapari. Dois policiais militares fazem escolta dele no hospital.
A reportagem tentou conversar com a namorada de Rafael, que o acompanha na unidade hospitalar, mas ela não quis fazer declarações à imprensa.
Fonte: Da Redação Multimídia/Gazeta Online
