O auxiliar de produção Walace Gonçalves dos Santos, de 23 anos, morreu após sofrer um acidente grave, na noite de sexta-feira, na Serra. Ele tinha plano de saúde, chegou a ser socorrido com vida para o hospital particular Metropolitano da Serra, mas não recebeu atendimento, segundo familiares da vítima.
Walace seguia de moto pela Avenida Talma Rodrigues Ribeiro, em Laranjeiras, quando colidiu em uma carreta, segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). O motorista da carreta fugiu do local. As causas do acidente ainda serão investigadas.
O rapaz foi socorrido por uma ambulância do Samu. Segundo amigos de Walace, ele estava consciente e chegou a pedir que fosse levado para o Hospital Metropolitano. O hospital se recusou a atender a vítima. Depois ele foi conduzido pelo Samu para o hospital público Dório Silva, onde recebeu atendimento de três cirurgiões que estavam de plantão. Após dar entrada na unidade hospitalar ele teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.
“Fomos informados pelo atendimento do hospital que receberíamos um paciente em estado crítico. Utilizamos todo os recursos possíveis”, afirmou o médico clínico geral do Hospital Dório Silva, Luiz Timóteo, em entrevista a TV Gazeta.
O médico lamentou o tempo perdido para tentar salvar a vida de Walace. “O Samu nos informou que o paciente passou por um hospital particular antes de dar entrada no Dório Silva, porém foi impedido de entrar na unidade hospitalar. O que nos aborrece e entristece é que na medicina, o tempo é fundamental para salvar vidas”, disse Luiz Timóteo.
Além da tristeza da morte do colega, amigos do auxiliar de produção Walace Gonçalves, 23 anos, estavam revoltados com a recusa do hospital particular em receber o rapaz ferido.
“Mesmo possuindo plano de saúde, ele não foi atendido. Precisa de mais o quê? Agora, ele deixa a mulher grávida de cinco meses e dois filhos de um e três anos”, disse Claudiana Bragança. Os familiares registraram no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Serra um boletim de ocorrência contra o Hospital Metropolitano sobre o crime de omissão de socorro. Por meio da assessoria de imprensa, a coordenação médica do Pronto-Socorro do Hospital Metropolitano relatou que o setor de emergências estava superlotado e que vai apurar o caso.
Fonte: Gazetaonline