O prefeito Abraão Lincon, de Água Doce do Norte/ES, que está sob investigação do Ministério Público por alugar um imóvel no centro da cidade e pagar aluguel por 30 meses sem utilizá-lo, jogando no ralo o dinheiro público, também deu o cano no jornal Gazeta do Norte ao contratar serviços de divulgação e não pagar.
Ele, que há muito tempo tem fama de mau pagador, contratou a Empresa Jornalística Gavandrade Ltda, editora dos jornais Gazeta do Norte e O Impacto, para confeccionar a revista denominada Presença, realizando a divulgação de obras realizadas por sua administração à frente da prefeitura municipal daquela cidade, no ano de 2008.
A revista, contendo um total de 24 páginas, toda colorida, foi contratada diretamente pelo prefeito Abraão ao diretor-proprietário da empresa, Luiz Carlos Gava, por se tratar de um acordo particular, sem nenhum vínculo com a prefeitura e dessa forma foi concretizado.
Foram impressas três mil revistas, pelo valor total de R$ 10 mil. Pelo acordo, a impressão seria paga pelo prefeito Abraão que no ato da discussão com o gerente da gráfica, sob alegação de ter esquecido o seu talão de cheques, pegou emprestado de Luiz Carlos Gava três cheques no valor de R$ 1.332,00 cada, que deixou como garantia na Gráfica Liderset, em Vitória/ES.
O valor dos cheques foi depositado mensalmente na conta de Luiz Carlos Gava, mas o prefeito Abraão pisou na bola por não ter pagado os serviços contratados e prestados no valor de R$ 10 mil, em valores da época. Atualmente o valor reajustado gira em torno de R$ 12 mil.
Chateado com o golpe dado pelo prefeito Abraão Lincon, o proprietário do jornal Gazeta do Norte recorreu à justiça, mas acabou mais uma vez levando a pior, haja vista que estranhamente o juiz Edmilson Rosindo Filho arquivou o processo, depois de extinguí-lo sem decidir o mérito.
A audiência de instrução e julgamento demorou para acontecer, sendo adiada várias vezes e quando aconteceu, Luiz Carlos Gava expôs o fato acreditando que a justiça seria feita e o prefeito seria condenado a pagar-lhe o valor combinado, mas foi surpreendido pela decisão judicial, que colocou um ponto final no processo.
Agora o diretor do jornal espera que o prefeito Abraão Lincon, como evangélico que é, coloque as mãos na consciência e pague o que deve, pois Deus não aprova esse tipo de procedimento imoral.