Os produtores rurais do município de Nova Venécia vão colocar a mão na massa para desenvolver o ambicioso projeto de Extensão Ambiental que prevê a distribuição de 800 mil mudas nativas da Mata Atlântica em todo o Estado.
No último dia 22, dezenas de agricultores se reuniram no Centro Cultural Casarão para receber os projetos. Serão através deles que os produtores vão analisar as propostas para em seguida colocar em prática e recuperar principalmente áreas degradadas em torno de nascentes e matas ciliares. O próximo passo será a entrega das mudas e do formicida, prevista já para o mês de novembro.
De acordo com o Analista Ambiental do Iema, Guilherme Carneiro de Mendonça, a análise da proposta pelo produtor é fundamental para o sucesso do projeto. “Este manual vai orientar o agricultor para que ele saiba como manusear os exemplares arbóreos desde o plantio até a poda”, relata.
Recuperar as áreas desmatadas e fortalecer o crescimento da Mata Atlântica são os principais objetivos do projeto. A previsão é de que em 25 anos as espécies nativas devam ocupar 16% de todo o território estadual, fato que vai diminuir o impacto causado pela seca. Atualmente as regiões Norte e Noroeste do Estado possuem apenas 7% de vegetação nativa.
Além das mudas, os produtores vão receber formicida e orientações técnicas sobre como cuidar das plantas. Eles serão os responsáveis pela irrigação, poda e ainda terão de proteger as mudas do gado.
O programa é desenvolvido através de uma parceria traçada entre a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), Iema, Vale e as secretarias de Meio Ambiente de cada município participante.
De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária Estadual do Espírito Santo (Idaf), quem for flagrado desmatando áreas de preservação ambiental pode ser multado, além de poder responder por crime ambiental junto ao Poder Judiciário.
O valor da multa depende da área desmatada e do tipo de desmatamento. A penalidade pode chegar a R$ 14 mil por hectare de terra. Se for constatado o desmatamento, a área é imediatamente embargada e o dono é obrigado a reflorestar o local.