O governador eleito Renato Casagrande (PSB) vai se reunir esta semana com os partidos que fizeram parte do leque de aliança de sua campanha ao governo do Estado. As lideranças das 16 siglas que estiveram em seu palanque vão ouvir do governador o perfil que deseja para seu secretariado. Perfil esse que foi discutido na ultima semana com lideranças do PSB e com o governador Paulo Hartung.
O perfil que Casagrande deve levar aos partidos é conhecido do mercado político. Isto é, os partidos devem se orientar em buscar nomes que garantam o governo de continuidade e com ampla participação dos aliados. Os partidos que apoiaram Casagrande também começam a se movimentar.
O PDT, por exemplo, já declarou que quer um cargo de destaque, os cotados são o Suplente de Senado Enivaldo dos Anjos para a Agricultura e Manato na Saúde. Com uma bancada forte, o norte/noroeste do estado terá representação de destaque lembrando que a região também tem o suplente de senador de Ricardo Ferraço, José Antonio Guidoni e 10 deputados estaduais da região do café e do granito.
Embora o PSB esteja disposto a negociar abertamente o governo, não abre mão de determinadas secretarias, como Casa Civil e Fazenda. Há nomes do partido cotados também para o Planejamento, com Guilherme Pereira, e para a Saúde, com Paulo Foletto. O ex-deputado Capitão Assumção também aparece forte para a Secretaria de Justiça.
Mas não há nada fechado ainda, e os partidos devem apresentar sugestões para estas secretarias também. É o nível de participação dos partidos que vem preocupando algumas lideranças e o tema deve ser amplamente discutido esta semana.
Como teve 16 siglas no palanque, o governador eleito vai agora mostrar sua capacidade de negociação para contemplar os partidos participantes de sua eleição. O PSB parece estar disposto a garantir uma participação dos aliados desde que dentro do perfil traçado para o novo governo que se iniciará em janeiro.
Outra questão que deve entrar na pauta de discussão dos partidos com o governador eleito é a convocação de deputados federais e estaduais para compor a equipe. Neste ponto, os partidos vão avaliar a ocupação do governo e o interesse de colocar os suplentes nas casas legislativas, garantindo a representação nesses espaços.